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Vivemos, diplomaticamente, enganados!

 

Vivemos momentos difíceis.

É certo, que vivemos tempos de liberdade, que o desenvolvimento social afirmou a luta contra a escravatura, a injustiça, a tirania e conseguiu, enfim, vitórias marcantes contra “velhas prisões da humanidade”, doenças, sujidade, isolamento, analfabetismo e outras maleitas patrióticas. Muito falta fazer, mas é extraordinário o que se conseguiu. Só que o esforço de libertação, perdeu de vista a outra condição de felicidade, que é: a verdade! O nosso tempo de liberdade é também o tempo da ilusão, da fama e da mentira. Nunca, como hoje, o ser humano viveu tão mergulhado na mentira. À nossa volta, multiplicam-se as mentiras descaradas, assumidas e institucionais. São de tal forma usadas, que já nos habituamos a elas. Vivemos adaptados à falsidade, abraçados ao egoísmo e à inveja.

Sonhamos, esperançados, de ver, um dia, realizadas as promessas que os políticos (todos eles), têm vindo a anunciar. Mas, que não passaram de palavras enganadoras. É que o sistema político, meus Senhores, alimenta-se de manipulação, demagogia, hipocrisia e utopia. Nós, povo, pagadores de impostos, temos a sensação de participar numa vasta encenação, numa trágica comédia, em que a imagem da vida real pouco tem a ver com a realidade dos factos. Consequentemente, não admira o infame desprestígio das autoridades, que já roça o “paroxismo” (o cúmulo) alarmante. A Justiça, está como está e a Saúde, ronda o descalabro da pouca-vergonha! São centenas, senão mesmo, milhares de pessoas, que aguardam por Justiça e outros que esperam, ansiosos, por uma intervenção cirúrgica. Portanto, tudo isto é figuras de estilo, que disfarçam ideias desagradáveis, por meio de expressões suaves, a que chamamos Enganar!

As notícias alegadamente imparciais, são realmente interpretações pessoais, que mesmo quando não tentam aldrabar, distorcem pela aparência de rigor. Os nossos lazeres passam-se no mundo da fantasia. Filmes, novelas, revistas, jogos de computadores, criam um ambiente de ficção em que mergulhamos grande parte da nossa vida. Agora suportamos o irrealismo dos “reality shows”, onde políticos representam figuras do mundo de “Walt Disney”, nomeadamente a do “professor Pardal”, “Ti-Patinhas”, “Irmãos Metralha”, “Marretas” e o “Avô Patinhas”! Vivemos mergulhados num mundo de utopias e miasmas. Num circo recheado de ilusionistas e palhaços, com o devido respeito, dessas honradas figuras artísticas. Vive-se a mais triste desorientação, não só com a falta de respeito, com a falta de moral, civismo, mas, acima de tudo, com a falta de seriedade. E é com a falta da verdade, da Justiça e da Saúde, que se destrói a Liberdade e a Felicidade de um País, de uma Nação!

Já dizia Miguel Torga: “Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados…”

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